terça-feira, 23 de novembro de 2010

Programa Minas Leite promove melhorias em fazendas

Técnicos durante treinamento do Programa Minas Leite
(Foto: Divulgação / Seapa MG
O número de fazendas que recebem assistência técnica do Programa Minas Leite cresceu 85% desde o ano passado. Em 2009, o programa estava presente em 320 propriedades que trabalham com a pecuária leiteria no Estado. Neste ano, são 591 fazendas. O Minas Leite é coordenado pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) com o objetivo de levar aos pecuaristas de pequenas propriedades orientações sobre gerenciamento e técnicas de baixo custo para aumento da produção.
O coordenador do programa, Rodrigo Venturin, explica que o programa tem um efeito multiplicador. Cada propriedade assistida se transforma numa unidade demonstrativa para produtores vizinhos. “Cada fazenda trabalhada pelo Minas Leite vira referência para mais 10 produtores. Com isso, temos quase seis mil propriedades do Estado beneficiados pelo programa”, diz o coordenador.
As propriedades assistidas pelo Minas Leite estão distribuídas em 173 municípios do Estado. Em média elas têm uma área 62 hectares. As orientações técnicas do programa são dadas gratuitamente pelos técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). “É a produção de leite a baixo custo com o uso correto da pastagem. Orientamos os produtores a adotar o pastejo rotacionado. Neste sistema, o pasto é dividido em piquetes. O rebanho pasta em uma área de cada vez e faz um rodízio pelos piquetes. Isso permite a recuperação do capim e a oferta de pastagem durante quase todo o ano. Com o uso adequado do pasto, o produtor diminui a necessidade de suplementar a alimentação do gado com ração”, explica Rodrigo Venturin.
Com o rodízio entre os piquetes, cada área pode “descansar” entre 25 e 35 dias, sem receber os animais. O sistema de pastejo rotacionado varia de acordo com a região, pois é preciso levar em consideração o clima e o tipo de capim. Com o Minas Leite, os produtores rurais também são orientados sobre o controle de gastos.

Aumento da produção

Um dos principais resultados obtidos pelo Minas Leite é o aumento da produção, mantendo o mesmo número de animais no rebanho. No início do programa, há três anos, a média de produção diária por vaca era de 7,5 litros. Agora passou para 9 litros. Com isso, cada propriedade que produzia, em média, 151 litros de leite por dia agora produz 185 litros.
Outro resultado positivo é a redução do intervalo de partos das vacas, que passou de 18 para 15 meses. Com isso, o produtor tem condições de obter um maior número de bezerros na fazenda mantendo o mesmo número de vacas. A venda de bezerros para recria é responsável por 30% do faturamento nas propriedades acompanhadas pelo Minas Leite.
Para manter a assistência técnica e garantir o controle do programa, o Minas Leite conta com 282 técnicos da Emater-MG, que passaram por treinamento oferecido pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Além disso, o Minas Leite promove diversos dias de campo (encontros técnicos) para levar informações sobre o manejo da propriedade. Somente neste ano, foram realizados 52 encontros. Geralmente, os dias de campo são realizados nas propriedades que recebem acompanhamento do Minas Leite. “Desta forma o produtor pode verificar as mudanças em um ambiente no qual ele está familiarizado”, explica Rodrigo Venturin.

Portal Realeza
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